Quais são os critérios para realizar a doação de órgãos no Brasil?
Sumário
Quem pode ser um doador de órgãos? Além do diagnóstico de morte encefálica, outros critérios considerados para a doação são a idade, doenças atuais e o histórico médico. A doação de órgãos é um ato de amor que se estende muito além da vida. Descubra como se tornar um doador e as etapas do processo. Tire suas dúvidas!
No cenário da saúde pública brasileira, a doação de órgãos emerge como uma questão crucial; pois, apesar dos números expressivos de transplantes, o Brasil enfrenta um déficit alarmante de doadores de órgãos em relação à demanda crescente de pacientes aguardando pelos procedimentos.
Com uma população que ultrapassa 200 milhões, o Brasil registra uma lacuna significativa entre o número de órgãos disponíveis e a quantidade necessária para atender às necessidades dos pacientes em lista de espera.
As preocupações familiares, desconhecimento sobre o processo de doação e questões culturais têm contribuído para essa escassez de doadores, gerando um cenário onde muitas vidas aguardam uma oportunidade de transplante.
Neste artigo, vamos explorar a doação de órgãos, incluindo quem pode ser um doador de órgãos, como se tornar um doador, como funciona a doação e o porquê ser um doador. Leia até o final e saiba mais!
O que é a doação de órgãos?
A doação de órgãos consiste em um procedimento pelo qual um indivíduo saudável, conhecido como doador, opta por doar os seus órgãos após o seu falecimento.
Esses órgãos são então transplantados para receptores que enfrentam doenças graves, propiciando-lhes uma segunda oportunidade de vida.
Quem pode ser um doador de órgãos?
Para que um indivíduo seja considerado para a doação de órgãos, há alguns critérios importantes que devem ser analisados, como:
- Morte encefálica: no Brasil, apenas pessoas com o diagnóstico confirmado de morte encefálica, que é a cessação irreversível das funções cerebrais, podem ser consideradas doadores falecidos de órgãos.
- Vontade da família: mesmo que alguém tenha expressado o desejo de ser um doador, a aprovação da família é fundamental para concretizar a doação após o falecimento; portanto, é crucial que os entes queridos estejam cientes e de acordo com essa decisão.
- Idade: não há limite de idade para ser um doador de órgãos; mesmo os idosos podem ser doadores, desde que seus órgãos estejam saudáveis e apropriados para transplante.
- Condições médicas pré-existentes: algumas condições médicas pré-existentes, como câncer ou doenças infecciosas graves, podem inviabilizar a doação de certos órgãos; no entanto, cada caso é avaliado individualmente.
- Histórico de doenças: o histórico de doenças como diabetes, hipertensão e outras condições crônicas não exclui automaticamente alguém da possibilidade de doar órgãos; o estado atual e complicações dessas condições é o fator determinante.
- Estilo de vida: o estilo de vida do doador, incluindo hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool ou uso de drogas, pode afetar a adequação dos órgãos para doação.
É importante ressaltar que os critérios para doação de órgãos podem variar de acordo com o país e as diretrizes médicas em vigor.
O que fazer para se tornar um doador de órgãos?
A jornada para se tornar um doador de órgãos é, ao mesmo tempo, simples e significativa.
O passo crucial para a doação de órgãos está em expressar de maneira clara e enfática essa intenção aos familiares. Ao tomar esse passo, você facilita a concretização de sua vontade quando chegar o momento apropriado.
Como funciona a doação de órgãos?
A doação de órgãos se desenrola em múltiplas etapas. Quando um indivíduo em potencial é diagnosticado com morte encefálica, uma série de avaliações médicas minuciosas são executadas para confirmar essa situação.
Em seguida, os órgãos saudáveis são preservados até o momento ideal para o transplante. Em seguida, equipes médicas altamente especializadas realizam a cirurgia de transplante em pacientes compatíveis.
Por que ser um doador de órgãos?
Escolher a doação de órgãos é um ato de impacto. Um único doador tem o potencial de salvar múltiplas vidas, doando órgãos como coração, fígado, rins, pulmões e pâncreas.
Mais do que isso, a doação de órgãos também pode conferir uma melhoria na qualidade de vida dos receptores que aguardam ansiosamente por um transplante.
Num país como o Brasil, onde desafios como a falta de conhecimento sobre o processo de doação e de conscientização sobre sua importância ainda permeiam a doação de órgãos, cada novo doador é uma peça crucial para a construção de um sistema de saúde mais coeso e humano.