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Elastografia hepática

Atualizado em: 19/07/2023
Tempo de Leitura: 4 minutos
Sumário
Elastografia hepática - Imagem Ilustrativa

A elastografia hepática é um exame não invasivo que avalia a rigidez do fígado, fornecendo informações sobre a presença e a progressão de doenças hepáticas. Utilizando ultrassom ou ressonância magnética, o procedimento é rápido, indolor e permite uma avaliação precisa da saúde do fígado. Clique e saiba como funciona.

O que é a elastografia hepática? 

A elastografia hepática é uma técnica avançada de diagnóstico por imagem que avalia a elasticidade do tecido hepático. É utilizada para avaliar a saúde do fígado e diagnosticar doenças hepáticas, como fibrose e cirrose.

Existem dois principais métodos de elastografia hepática: elastografia por ultrassom e elastografia por ressonância magnética. Ambas as técnicas medem a rigidez do fígado, que está relacionada à quantidade de tecido fibroso presente no órgão. 

O grau de rigidez do fígado é um indicador importante para avaliar a extensão da fibrose hepática, uma vez que o fígado saudável é mais elástico do que o fígado com fibrose.

A elastografia hepática é considerada uma alternativa menos invasiva e mais segura em comparação com a biópsia hepática, que é o padrão-ouro para o diagnóstico de doenças hepáticas. 

Quando é indicada a elastografia hepática?

A elastografia hepática é indicada em diversas situações, principalmente quando há suspeita ou necessidade de avaliar a saúde do fígado e diagnosticar doenças hepáticas. Alguns contextos em que esse exame pode ser solicitado incluem:

  • Avaliação de doenças hepáticas crônicas: a elastografia hepática é frequentemente utilizada para avaliar a presença e a progressão da fibrose hepática em doenças crônicas, como hepatite viral e esteatose hepática não alcoólica (fígado gorduroso)
  • Monitoramento de doenças hepáticas: após o diagnóstico de uma doença hepática, a elastografia hepática pode ser utilizada para monitorar a progressão da fibrose ao longo do tempo e avaliar a resposta ao tratamento
  • Seleção de pacientes para biópsia hepática: em alguns casos, a elastografia hepática pode ser usada como uma ferramenta de triagem para determinar a necessidade de realizar uma biópsia hepática invasiva
  • Avaliação pré-operatória: antes de procedimentos cirúrgicos que envolvem o fígado, como a ressecção hepática, a elastografia hepática pode ser usada para avaliar a saúde geral do fígado

É importante ressaltar que a decisão de realizar a elastografia hepática deve ser feita pelo médico, levando em consideração a história clínica do paciente, os sintomas apresentados, os resultados de exames anteriores e outros fatores relevantes. 

Como é o preparo para elastografia hepática?

O preparo para a elastografia hepática é geralmente simples e não requer restrições alimentares ou jejum prolongado. No entanto, é importante seguir as instruções específicas fornecidas, que podem incluir: 

  • Informe sobre medicamentos em uso: alguns medicamentos podem interferir nos resultados da elastografia hepática e o médico pode recomendar a suspensão temporária
  • Vista-se adequadamente: use roupas confortáveis e folgadas, pois você pode precisar expor a área abdominal durante o exame
  • Evite álcool e cafeína: é aconselhável evitar o consumo de álcool e bebidas com cafeína, como café, chá e refrigerantes, nas horas que antecedem o exame
  • Siga as orientações médicas: se o médico fornecer instruções específicas para o seu caso, siga-as rigorosamente

É importante lembrar que essas são orientações gerais e que o preparo para a elastografia hepática pode variar de acordo com a clínica e as circunstâncias individuais. 

Como é realizada a elastografia hepática?

A elastografia hepática pode ser realizada de diferentes maneiras, dependendo do tipo de equipamento utilizado. Existem dois principais métodos de elastografia hepática: elastografia por ultrassom e elastografia por ressonância magnética. 

Elastografia por ultrassom

  • O paciente deita-se em uma maca, geralmente de barriga para cima, com o abdômen exposto
  • O médico ou o técnico em ultrassom aplica um gel condutor na pele do abdome para ajudar a transmitir as ondas sonoras
  • Em seguida, o transdutor de ultrassom é colocado sobre a área do fígado e movido suavemente em diferentes direções para adquirir imagens e dados de elastografia
  • Durante o exame, o dispositivo emite ondas que penetram no fígado e registram a velocidade de propagação, que está relacionada à elasticidade do tecido hepático
  • Os resultados são visualizados em tempo real em um monitor e são representados em forma de imagem ou mapa de cores, indicando a rigidez do fígado

Elastografia por ressonância magnética (RM)

  • O paciente deita-se em uma maca, geralmente de barriga para cima, dentro do aparelho de ressonância magnética
  • Uma bobina especial de RM é colocada sobre o abdome para enviar e receber os sinais de ressonância magnética
  • O aparelho de RM emite pulsos de ondas magnéticas e registra os sinais de resposta do fígado
  • Com base nessas informações, o software de elastografia calcula a velocidade de propagação das ondas e gera um mapa de rigidez do fígado
  • Os resultados são visualizados em imagens ou mapas de cores, que representam a elasticidade do tecido hepático

Ambos os métodos de elastografia hepática são não invasivos, indolores e geralmente levam apenas alguns minutos para serem concluídos. 

Quais os cuidados necessários após a elastografia hepática?

Após a elastografia hepática, geralmente não são necessários cuidados específicos. No entanto, é importante seguir algumas orientações gerais, como:

  • Retomar as atividades normais: a maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento
  • Hidratação adequada: beba água em quantidade suficiente para ajudar a manter a função hepática adequada
  • Acompanhamento médico: após a realização do exame, o médico avaliará os resultados e discutirá os próximos passos do seu tratamento
  • Tire dúvidas: se surgirem dúvidas ou preocupações após o exame, não hesite em entrar em contato com o médico responsável 

Siga sempre as instruções fornecidas pelo profissional de saúde responsável pelo seu caso para garantir uma recuperação adequada e a obtenção de resultados precisos.

Foto Dr Yuri Boteon
Dr. Yuri Boteon
CRM: 144.829/SP
RQE: 56131 - Cirurgia Geral
Cirurgião da Equipe de Transplante de Fígado da Rede D’or. Professor da Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e do Departamento de Cirurgia da Universidade Santo Amaro.
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