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Gastroduodenopancreatectomia

Atualizado em: 19/07/2023
Tempo de Leitura: 4 minutos
Sumário
Gastroduodenopancreatectomia - Imagem Ilustrativa

A gastroduodenopancreatectomia é um procedimento cirúrgico complexo que envolve a remoção de parte do estômago, do duodeno e do pâncreas. É realizada para tratar tumores malignos nessas regiões. A preparação adequada, avaliação multidisciplinar e suporte emocional são essenciais para enfrentar esse procedimento. Clique e conheça.

O que é a gastroduodenopancreatectomia?

A gastroduodenopancreatectomia, também conhecida como cirurgia de Whipple, é um procedimento cirúrgico complexo que envolve a remoção de uma parte do estômago, do duodeno (a primeira porção do intestino delgado) e do pâncreas. 

É geralmente realizada para tratar tumores malignos localizados nessas regiões, como o câncer da cabeça do pâncreas. A cirurgia também envolve a remoção da vesícula biliar e dos gânglios linfáticos próximos. 

Após a remoção dessas estruturas, é feita a reconstrução do sistema digestivo (trânsito intestinal, da via biliar e da drenagem pancreática) para permitir a passagem adequada dos alimentos e dos sucos digestivos. 

A gastroduodenopancreatectomia é uma cirurgia complexa e delicada, geralmente realizada por uma equipe especializada em cirurgia hepatobiliar (do fígado, pâncreas e via biliar) avançada para um melhor resultado.

Quando é indicada a gastroduodenopancreatectomia?

A gastroduodenopancreatectomia é indicada principalmente para o tratamento de tumores malignos localizados na cabeça do pâncreas, no duodeno, ou junção hepatopancreática. Alguns dos principais casos em que essa cirurgia é recomendada incluem:

  • Câncer de pâncreas: a gastroduodenopancreatectomia é frequentemente realizada para tratar o câncer de pâncreas quando o tumor está localizado na cabeça do pâncreas ou envolve o duodeno
  • Tumores do duodeno: quando tumores malignos ou pré-malignos se desenvolvem no duodeno, especialmente na sua porção proximal, a gastroduodenopancreatectomia pode ser indicada para remoção do tumor
  • Tumores da junção hepatopancreática: a junção hepatopancreática, local onde o ducto biliar e o ducto pancreático se encontram, pode ser afetada por tumores malignos; nesses casos, a gastroduodenopancreatectomia pode ser recomendada para remover a área afetada

É importante ressaltar que a indicação da gastroduodenopancreatectomia é baseada em uma avaliação cuidadosa da condição do paciente, incluindo exames de imagem, análises laboratoriais, histórico médico e discussões multidisciplinares. 

Como funciona a gastroduodenopancreatectomia?

Durante a gastroduodenopancreatectomia, o cirurgião faz uma incisão no abdome para acessar as estruturas afetadas. Em seguida, a porção do estômago, do duodeno, do pâncreas e da via biliar que contém o tumor é removida. 

Dependendo da extensão do tumor, podem ser necessárias remoções adicionais de tecidos circundantes ou gânglios linfáticos. Após a remoção, o cirurgião reconstrói o sistema digestivo. 

O intestino delgado restante é conectado ao estômago remanescente ou a uma parte do intestino delgado superior para permitir a passagem dos alimentos. Os ductos biliares e pancreáticos também são reconectados, geralmente ao jejuno, para permitir o fluxo dos sucos biliares e pancreáticos para a digestão.

A gastroduodenopancreatectomia é uma cirurgia de grande porte e requer habilidade técnica especializada. É realizada sob anestesia geral e geralmente requer uma hospitalização prolongada para recuperação e monitoramento adequado. 

Como é o pós-operatório de gastroduodenopancreatectomia?

O pós-operatório de uma gastroduodenopancreatectomia é complexo e requer cuidados intensivos. Algumas informações importantes sobre o pós-operatório incluem:

  • Monitoramento em unidade de terapia intensiva (UTI): após a cirurgia, é comum que o paciente seja transferido para a UTI para monitoramento contínuo
  • Controle da dor: a dor após a gastroduodenopancreatectomia pode ser intensa; por isso, são prescritos analgésicos para aliviar o desconforto 
  • Alimentação: inicialmente, o paciente pode receber alimentação intravenosa para garantir a nutrição adequada; gradualmente, a alimentação oral é reintroduzida 
  • Drenos e cuidados com incisões: drenos podem ser colocados para drenar líquidos e prevenir complicações; as incisões devem ser mantidas limpas e secas
  • Monitoramento dos níveis de açúcar no sangue: se necessário, podem ser prescritos medicamentos para controlar os níveis de glicose ou a terapia de reposição de insulina
  • Fisioterapia respiratória: os pacientes são incentivados a realizar exercícios respiratórios para prevenir complicações pulmonares
  • Acompanhamento médico regular: o paciente precisará de acompanhamento médico regular após a gastroduodenopancreatectomia para monitorar a recuperação

É importante ressaltar que o pós-operatório pode variar de paciente para paciente, dependendo da extensão da cirurgia, da condição prévia do paciente e da resposta individual.

O que é importante saber sobre a gastroduodenopancreatectomia?

Importante saber sobre a gastroduodenopancreatectomia:

  • Avaliação multidisciplinar: antes da cirurgia, você passará por uma avaliação detalhada envolvendo diversos especialistas para planejar a cirurgia
  • Informações pré-operatórias: é essencial compreender os detalhes da cirurgia, incluindo o tipo de cirurgia a ser realizada e os riscos e benefícios associados
  • Preparação física: pode envolver a suspensão de certos medicamentos, jejum antes do procedimento e realização de exames pré-operatórios
  • Suporte emocional: procure apoio de familiares, amigos ou grupos de apoio para lidar com as preocupações, ansiedade e dúvidas que possam surgir
  • Pós-operatório: esteja atento aos cuidados, como o gerenciamento da dor, a alimentação, o controle dos níveis de açúcar no sangue e o seguimento médico 

Lembre-se de que cada caso é único e as orientações específicas podem variar. Mantenha uma comunicação transparente com seu médico para obter todas as informações necessárias e garantir uma preparação adequada para a gastroduodenopancreatectomia.

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Dra. Amanda Carvalheiro
CRM: 144.598/SP
RQE: 52807 - Cirurgia Geral
Atualmente é Cirurgiã da Unidade de Transplante de Fígado da Rede D'Or São Luiz. Atuou como Cirurgiã da Equipe HEPATO de Transplante de Fígado no Hospital Leforte , Hospital das Clínicas do Acre e Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Hospital Israelita Albert Einstein e na Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
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