Cirrose hepática
Sumário
A cirrose hepática é caracterizada pela substituição do tecido saudável por cicatrizes. É geralmente causada por longos períodos de lesão hepática, como hepatite viral, consumo excessivo de álcool ou doença hepática gordurosa. A cirrose pode levar a complicações graves, por isso, o diagnóstico precoce é essencial. Saiba mais!
O que é a cirrose hepática?
A cirrose hepática é uma doença em que o fígado deixa de funcionar corretamente devido a lesões prolongadas que causam a substituição do tecido normal do fígado por tecido fibroso. O desenvolvimento dessa doença é usualmente lento, levando meses ou anos.
Quais as causas da cirrose hepática?
São diversas as causas de cirrose hepática, sendo que cada uma pode desencadear processos distintos que levam à progressão da doença, resultando em complicações graves. É importante identificar e tratar as causas subjacentes para prevenir a progressão da doença hepática.
Entre as principais causas e fatores de risco estão:
- Vírus das Hepatites B e C
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
- Doença gordurosa do fígado
- Doenças genéticas raras, por exemplo, Hemocromatose e Doença de Wilson
- Doença das vias biliares do fígado, por exemplo, Cirrose Biliar Primária, Colangite Esclerosante Primária e Atresia de vias biliares
Quais são os principais sintomas da cirrose hepática?
À medida que a cirrose hepática progride, uma variedade de sintomas pode se manifestar, como:
- Redução de apetite
- Perda de peso
- Amarelão dos olhos e da pele do corpo (icterícia)
- Coceira
- Acúmulo de líquido na barriga (ascite)
- Vômitos com sangue ou fezes escurecidas e mal cheirosas por sangramento do trato digestivo originários de veias de calibre aumentado no esôfago e estômago
- Confusão mental e sonolência (encefalopatia hepática)
Como é a evolução para a cirrose hepática?
A evolução do paciente cirrótico é lenta, sem sintomas ou com sintomas inespecíficos (como perda de peso e fraqueza) nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.
As fases mais avançadas da cirrose hepática ocorre por:
- Agressão progressiva das células do fígado, mais comumente por agentes como o álcool, a gordura no fígado e alguns vírus
Seja qual for a causa, 80 a 90% da capacidade funcional do fígado deve estar acometida para que ocorra insuficiência hepática.
Toda vez que o fígado é agredido, as lesões transformam tecido saudável em fibrose, como uma cicatriz. Com a persistência do mecanismo agressor, este tecido fibrótico progressivamente aumenta e, consequentemente, leva a uma desorganização estrutural do órgão com bloqueio do fluxo sanguíneo em seu interior e, por fim, impede que o fígado realize suas funções. Todas essas consequências levam às complicações da doença.
Quais as complicações da cirrose hepática?
A cirrose hepática pode levar a uma série de complicações graves que afetam o funcionamento normal do organismo, como:
- Encefalopatia hepática: manifestada através de sintomas que variam desde lentidão até confusão mental grave e coma
- Ascite: acúmulo de água na barriga
- Hipertensão portal: aumento da pressão na veia porta do fígado levando a formação de varizes intra-abdominais e de esôfago, o que pode levar a episódios de sangramento importantes com risco de óbito
- Coagulopatia: déficit de produção de fatores de coagulação do sangue
- Icterícia: manifestada pela cor amarelada da pele e dos olhos
- Disfunção e até a insuficiência renal
- Tumores do fígado
Como é o tratamento da cirrose hepática?
O tratamento da cirrose hepática inicialmente foca na prevenção ou tratamento do principal fator de risco que levou à doença. Por exemplo, se a cirrose for de etiologia alcoólica, a primeira medida a ser tomada é cessar o uso de bebidas alcoólicas.
O transplante de fígado funciona como principal forma de tratamento para pacientes que apresentam cirrose hepática em estágio avançado e na maioria dos casos pode ser a única solução para curar a doença.
Todos os pacientes com cirrose devem ser acompanhados por médicos especialistas com experiência em transplante de fígado para o acompanhamento correto desta doença.
Isto envolve além do tratamento e prevenção adequados das possíveis complicações da cirrose hepática, o rastreamento de tumores primários do fígado e a indicação do transplante.