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Câncer do pâncreas (adenocarcinoma)

Atualizado em: 19/07/2023
Tempo de Leitura: 4 minutos
Sumário

O câncer do pâncreas (adenocarcinoma) é um tumor maligno que se origina nas células glandulares do pâncreas. É uma doença grave e agressiva, muitas vezes diagnosticada em estágios avançados. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo. Saiba mais sobre o diagnóstico e o tratamento!

O que é o câncer de pâncreas (adenocarcinoma)?

O adenocarcinoma é o tipo mais comum de câncer do pâncreas. Ele origina-se das células glandulares do pâncreas, que são responsáveis pela produção de enzimas digestivas. 

Esse tipo de câncer é conhecido por sua alta agressividade e sua propensão a se espalhar rapidamente para órgãos vizinhos e para locais distantes do corpo, o que contribui para a sua gravidade e baixas taxas de sobrevida.

A gravidade do câncer do pâncreas (adenocarcinoma) é atribuída principalmente à sua capacidade de crescer e se disseminar sem causar sintomas perceptíveis em estágios iniciais. Isso dificulta o diagnóstico precoce e, frequentemente, este é feito quando o câncer já está em estágio avançado. 

Como se desenvolve o câncer de pâncreas (adenocarcinoma)?

O câncer de pâncreas (adenocarcinoma) pode ter diversas causas e fatores de risco associados. Algumas das principais são:

  • Idade avançada: o risco de desenvolver câncer de pâncreas aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas acima dos 65 anos
  • Tabagismo: os produtos químicos presentes no tabaco podem danificar o material genético (DNA) das células pancreáticas, levando ao desenvolvimento do câncer
  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau com histórico de câncer de pâncreas aumenta o risco de desenvolver a doença
  • Obesidade: a gordura em excesso pode afetar negativamente as células pancreáticas e contribuir para o desenvolvimento do câncer
  • Diabetes tipo 2: a relação entre diabetes e câncer de pâncreas ainda não está completamente compreendida, mas acredita-se que a resistência à insulina e a inflamação crônica possam desempenhar um papel
  • Pancreatite crônica: consiste na inflamação persistente do pâncreas, que pode aumentar o risco de câncer de pâncreas ao longo do tempo

É importante destacar que ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que alguém desenvolverá câncer de pâncreas (adenocarcinoma)

No entanto, adotar um estilo de vida saudável e realizar exames de rotina pode ajudar a reduzir o risco e detectar precocemente a doença, caso ela se desenvolva.

Quais os sintomas do câncer de pâncreas (adenocarcinoma)?

O câncer de pâncreas (adenocarcinoma), assim como outros tipos de câncer de pâncreas, pode não apresentar sintomas nos estágios iniciais da doença. No entanto, à medida que o tumor cresce e se espalha, alguns sintomas podem se manifestar, como:

  • Dor abdominal ou dor nas costas: a dor é um sintoma comum e pode ser constante ou intermitente
  • Perda de peso inexplicada: isso ocorre devido à dificuldade do corpo em metabolizar adequadamente os nutrientes
  • Icterícia: é um amarelamento da pele e da parte branca dos olhos; ocorre quando o tumor bloqueia o ducto biliar, impedindo a bile de ser liberada normalmente
  • Alterações na digestão: como dificuldade em digerir alimentos, saciedade precoce, náuseas e vômitos, podem ocorrer devido à obstrução dos ductos pancreáticos
  • Mudanças nos hábitos intestinais: diarreia, prisão de ventre ou fezes pálidas podem ser sintomas relacionados ao câncer de pâncreas
  • Fadiga e fraqueza: o câncer de pâncreas pode causar fadiga intensa e fraqueza, mesmo com atividades leves

Como é feito o diagnóstico do câncer de pâncreas (adenocarcinoma)?

O diagnóstico do câncer de pâncreas (adenocarcinoma) envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e procedimentos invasivos. Os passos no processo de diagnóstico são:

  • Avaliação clínica: o médico irá revisar os sintomas relatados pelo paciente, histórico médico, fatores de risco e realizar um exame físico
  • Exames de imagem: são realizados para visualizar o pâncreas e identificar possíveis anormalidades; isso pode incluir ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
  • Exames de sangue: podem ser solicitados para avaliar os níveis de certas substâncias no sangue que podem estar associadas ao câncer de pâncreas
  • Biópsia: é a remoção de uma amostra de tecido para análise microscópica, que pode ser feita por ecoendoscopia
  • Estadiamento: após o diagnóstico do câncer de pâncreas, é realizado um processo chamado estadiamento para determinar a extensão do tumor

Como é o tratamento do câncer de pâncreas (adenocarcinoma)?

O tratamento do câncer de pâncreas (adenocarcinoma) depende de vários fatores, como o estágio da doença, a localização do tumor e a condição geral do paciente. As opções de tratamento comumente utilizadas incluem:

Cirurgia

A remoção cirúrgica do tumor é o tratamento mais efetivo para o câncer de pâncreas. Dependendo da localização e extensão do tumor, pode-se necessitar remover a cabeça do pâncreas, o duodeno, parte do estômago e outras estruturas adjacentes. 

Radioterapia e quimioterapia

A radioterapia e a quimioterapia utilizam radiação de alta energia e medicamentos quimioterápicos, respectivamente, para destruir as células cancerígenas e reduzir o tamanho do tumor. 

Terapia-alvo

Alguns tumores de pâncreas têm alterações genéticas que podem ser direcionadas por medicamentos conhecidos como terapia-alvo. Esses medicamentos atuam bloqueando as vias de sinalização do crescimento das células cancerígenas.

Imunoterapia

Essa abordagem utiliza medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas. 

Os médicos especialistas, como oncologistas, cirurgiões e radioterapeutas, trabalham em equipe para desenvolver o plano de tratamento mais adequado para cada paciente.

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Dra. Amanda Carvalheiro
CRM: 144.598/SP
RQE: 52807 - Cirurgia Geral
Atualmente é Cirurgiã da Unidade de Transplante de Fígado da Rede D'Or São Luiz. Atuou como Cirurgiã da Equipe HEPATO de Transplante de Fígado no Hospital Leforte , Hospital das Clínicas do Acre e Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Hospital Israelita Albert Einstein e na Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
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